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Se nunca ouviu falar de adenomiose, não se preocupe, você não está sozinha. Esta doença é relativamente desconhecida, apesar de ser muito comum. A adenomiose é uma condição caracterizada pela infiltração do endométrio (tecido que recobre o útero internamente) nos músculos do útero (miométrio). Ela é uma condição que é frequentemente subdiagnosticada e subtratada.
A adenomiose guarda alguma semelhança com a endometriose. No caso da endometriose o tecido do endométrio está fora do útero. Já na adenomiose ele encontra-se no útero, mas em local diferente de onde é normalmente localizado.
O que causa a adenomiose?
A causa exata da adenomiose não é conhecida. Duas teorias tentam explicar o aparecimento do endométrio no miométrio: o crescimento invasivo do tecido endometrial para dentro do músculo e a metaplasia (transformação do tecido miometrial em endometrial).
Riscos da Adenomiose
A adenomose é mais comum em mulheres em idade fértil, entre os 30 e 50 anos de idade. O principal sintoma é uma hemorragia uterina anormal, que pode ser pesada e prolongada. A adenomiose também pode afetar a concepção, causando dificuldade em engravidar e abortos espontâneos de repetição. Assim, caso você tenha sintomas de adenomiose é necessário consultar um especialista para realizar o diagnóstico e tratamento adequado.
Sintomas de Adenomiose
Os sintomas de adenomiose também são muito semelhantes aos sintomas da endometriose. Entre eles podemos destacar:
- Útero amolecido e doloroso;
- Cólicas menstruais;
- Sangramento uterino anormal;
- Dor pélvica, em especial no período menstrual;
- Aumento do fluxo menstrual;
- Alterações gastro-intestinais;
- Infertilidade.
A dor da adenomiose e da endometriose pode ser muito importante. A maquiadora Andrea Baines fez um ensaio fotográfico tentando demonstrar a dor da endometriose.
Como é feito o diagnóstico
O diagóstico é suspeitado com a história clínica da paciente. Exames de imagem com a ultrassonografia e a ressonância ajudam a complementar o diagnóstico. Existe inclusive uma classificação ultrassonográfica dos achados associados a adenomiose.
Com relação ao exame de imagem a ressonância nuclear magnética parece ter melhor acurácia no diagnóstico da adenomiose. Entretanto nenhum método de imagem é capaz de diagnosticar 100% dos casos.
O diagnóstico definitivo geralmente é feito pelo exame histopatológico quando a paciente realiza a retirada do útero (histerectomia).
Opções de tratamento
A adenomose pode ser tratada clínica, hormonal ou cirurgicamente. O tratamento clínico é realizado com analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo médico para melhorar a dor causada pela adenomiose.
O tratamento hormonal tem como objetivo reduzir o fluxo menstrual e para tal utiliza-se o anticoncepcional contínuo, o injetável ou os sistemas intra-uterinos como o Mirena que libera projesterona e interrompe a menstruação.
Em casos mais graves e quando os outros tratamentos não são eficazes um opção seria a cirurgia, onde geralmente é feita a retirada do útero.
Pode comprometer a gravidez?
A adenomose não afeta diretamente a gravidez, ou seja, não causa quaisquer complicações para o feto ou torna a gravidez uma gravidez de alto risco. No entanto, pode criar dificuldades em engravidar e anexar o embrião, aumentando as hipóteses de aborto espontâneo. Assim, depois de a gravidez ser estabelecida, não há riscos relacionados com a adenomiose.
Diferença entre adenomiose e endometriose
A principal diferença entre as duas doenças é que a adenomiose afeta o músculo uterino (miométrio) enquanto que a endometriose não o faz. Entretanto é possível, e até comum, que as duas doenças coexistam numa mesma paciente.
O que é pior, endometriose ou adenomiose?
Não há uma resposta fácil a esta pergunta. Tanto a adenomiose como a endometriose podem causar dores pélvicas, hemorragia menstrual intensa, e dificuldade em engravidar. A endometriose, entretanto, é mais comumente causa de infertilidade pois causa obstrução das trompas uterinas.
Referência
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