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Chama-se gravidez ectópica quando o ovo fertilizado é implantado em outro local que não é a cavidade uterina. A maioria das gravidezes ectópicas ocorrem na trompa de Falópio e é chamada gravidez tubária, porém a implantação do ovo também pode ocorrer no cérvix, ovários e abdômen.
Os diagnóstico ultrassonográfico na prenhez ectópica podem ser difícil, mas é possível um diagnóstico definitivo na maioria dos casos. Muitas vezes é importante a correlação dos achados ultrassonográficos com resultados sequências de ß-hCG (o mesmo hormônio dosado no teste de gravidez).
O exame por via endovaginal tem facilitado a avaliação em pacientes com suspeita de gravidez ectópica. A sensibilidade do exame transvaginal para diagnosticar gravidez ectópica e cerca de 2 vezes maior que a do exame abdominal (80 vs 40%, respectivamente).
A incidência é de 0,3 a 3% das gestações, sendo responsável por 6 a 10% das causas de mortalidade materna. Pode causar ainda, dificuldade para nova fertilização e episódios repetidos de gravidez ectópica em até 25% das pacientes que conseguem novas gestações. A maior incidência é em pacientes com salpingite (inflamação na trompa), cirurgia tubária prévia, uso de Dispositivo Intra Uterino (DIU), anormalidades da fisiologia tubária, aderências intra tubárias por doença inflamatória pélvica, gravidez por fertilização in-vitro e gravidez ectópica prévia, onde a uma chance em quatro de recorrência. A endometriose também pode causar a obstrução da trompa uterina ocasionando uma predisposição para a ocorrência de gravidez ectópica.
Os sintomas mais comuns são: dor pélvica que pode ser leve e intermitente ou persistente e severa, e sangramento vaginal anormal que pode ser confundido com ameaça de abortamento. Os sintomas da gravidez ectópica podem ser similares a outras doenças como apendicite, desordens gastrointestinais, problemas no sistema urinário, doença inflamatória pélvica e outros problemas ginecológicos.
Os achados ultrassonográficos encontrados variam de acordo com a fase da gravidez e com a ocorrência ou não de ruptura. Atualmente com o ß-hCG precoce e a ultrassonografia transvaginal tem-se aumentado o diagnóstico de gravidez ectópica íntegra, ou seja, antes de ocorrer a ruptura.
O tratamento pode ser expectante naqueles casos onde a gravidez ectópica se localiza na trompa e ainda não rompeu, mede menos de 4 cm, não se constata a presença de batimentos cardíacos fetais e os níveis hormonais estão diminuindo. Se já ocorreu hemorragia ou ruptura da tuba, a intervenção cirúrgica provavelmente é necessária. Fazer ou não a cirurgia é muitas vezes uma decisão difícil.
O tratamento precoce da gravidez ectópica com antimetabólito metotrexato tem mostrado ser uma alternativa viável ao tratamento cirúrgico. Se administrado no início da gravidez, o metotrexato pode cessar o crescimento do embrião e provocar a interrupção da gravidez.
Vídeo 1: Imagem de gestação ectópica íntrega em anexo esquerdo, com visualização de embrião fora da cavidade uterina.
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